Reportagens


MERCADO ABRE OS OLHOS PARA PÚBLICO INFANTIL

É crescente o número de empresas investindo no público infantil. Além de também estarem tentos as novidades, assim como todos os outros, são influenciadores de compra e são bastante influenciados por pessoas ao seu redor. As crianças praticamente crescem mexendo em computadores, mp3, celulares, e são impactados por este tipo de produto. Elas também querem o que os adultos querem.
Apostando nisso, as algumas empresas começaram a criar mecanismos para atrair cada vez mais os pais destes mini-consumidores. Segurança e monitoramento são os principais atributos agregados a produtos vendidos para crianças, e seus pais.

Um exemplo de produto para este público é o Zoodles. É um site online, especialmente para crianças, em que segurança e aprendizado são seus principais objetivos. Já no cadastro dá para notar uma coisa interessante: quando você coloca a idade, não pode ter nascido antes de 1997. Em seguida aparece uma lista de itens de segurança que os pais precisam responder (partem do princípio que os próprios pais estão fazendo o cadastro). Saber se a criança é daltônica ou possui problemas auditivos (há programa especial para crianças com estes problemas) fazem parte da lista de perguntas. E por fim, é possível escolher entre se cadastrar de graça ou o programa Premium (que é pago e possui alguns itens adicionais). As crianças só podem acessar conteúdo seguro, que é aprovado por uma equipe de educadores profissionais. As atividades estão dispostas de acordo com a idade e habilidade da criança.

É interessante ver a quantidade de redes sociais voltadas para eles. O Kideos é um site igual ao Youtube, só que agregando a segurança, monitoramento dos pais e conteúdo por idade. A Kid Swirl é o facebook para crianças. É igualzinho ao facebook de verdade, mas também, como todos os outros sites, com todas aquelas características por trás.
O Penguin Club é um site para crianças, onde é simulada a vida humana através de personagens pinguins (similar ao jogo The Sims). Este jogo online de realidade alternativa é monitorado e seguro, não sao permitidos palavrões ou temas impróprios para as crianças.

No caso dos celulares infantis também se insere neste contexto. Todos os celulares que estão sendo lançados para este público possuem botões coloridos para crianças que são pequenas demais. Além disso, o celular pode ser configurado para ligar de um único botão para tal número específico. A bateria não pode ser removida com facilidade e não quebra facilmente.
A Optimus, empresa de Portugal, lançou o telefone móvel Winx para o público infantil. As características dele agregam os atributos funcionais de um telefone normal, de tarifas simples, em que os pais conseguem bloquear chamadas, monitorar ligações e saber onde os filhos estão (com um tipo de GPS/localização geografica). Foi lançado também o celular das princesas, que basicamente é um Nokia decorado com as princesas da Disney e vendido pela C&A.

Até Netbook foi parar na mão dos pequenininhos: versão Disney para crianças.
Mas afinal, porque os pais compram celular para as crianças? Suprir necessidades de não estarem mais ao lado delas, segurança ou apenas porque os pequenininhos querem? Para se obter sucesso com produtos voltados para eles, é e fundamental conquistar os papais e essa conquista acontece “fisgando” as crianças pelos personagens que elas mais gostam e por cores chamativas.

Fonte: Neurônio ESPM




A FORÇA DO PÚBLICO INFANTIL NO
MERCADO DE CONSUMO

Há alguns anos atrás a criança não participava da conversa de adultos, hoje decide sobre o consumo da família, tais como, carro e cor de carro, pacote de férias, viagens, brinquedos, roupas, alimentação, diversões e muitas outras coisas.
Superexpostas à propaganda e bem informadas sobre o universo do consumo, elas interferem não apenas na escolha de produtos infantis, mas também nas compras dos adultos. De 2005 a 2006, o percentual de influência das crianças saltou de 42% para 52% de acordo com o estudo.
A investigação revelou que as crianças menores ainda não controlam diretamente as compras da família, mas as influenciam bastante. As de 3 a 6 anos não têm noção de caro/barato, são altamente impulsivas e usam o dinheiro para comprar jogos e doces. Já as de 7 a 9 anos sabem o que é caro/barato, planejam, calculam, negociam e utilizam o dinheiro para comprar roupas de griffe, mp3, celulares e jogos eletrônicos. Elas percebem o impacto das marcas e também conhecem e se interessam por categorias destinadas aos segmentos adultos.
Para Isabella Henriques, coordenadora do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana, as crianças são estimuladas a ingressar mais cedo no universo adulto, absorvendo modas, hábitos e comportamentos inadequados para a sua fase de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, tornam-se agentes para sensibilizar o restante da família. “As crianças hoje são consideradas pelo mercado publicitário como um exército de promotores de vendas capaz de influenciar fortemente os adultos na aquisição de qualquer produto ou serviço”, afirma. Basta olhar os comerciais para constatar: os anúncios de produtos para adultos contêm apelos infantis como o uso de animação, efeitos especiais e crianças como atores, excesso de cores e mascotes.
Isabella afirma que as imagens e conceitos atrelam às marcas atributos como status, competência, inteligência e poder de decisão. Além disso, as marcas estão associadas a sentimentos de inclusão ou exclusão. Por outro lado, o consumismo desenfreado oferece tremendo alcance e pode atingir áreas inesperadas, como saúde e gastos públicos: “A avalanche de comerciais dirigidos ao público infantil de alimentos pouco nutritivos ou fast foods promove o consumo excessivo de tais produtos nas crianças e tem ligação direta com o aumento do número de crianças obesas. Isso, por sua vez, pode aumentar o número de adultos obesos. Tanto na infância como na idade adulta, elas representarão um gigantesco gasto para a saúde pública, com tratamentos de doenças ligadas à obesidade – isso sem falar nos gastos com previdência de adultos impossibilitados de trabalhar quando ainda jovens”, alerta a coordenadora.
Segundo a TNS, a facilidade de acesso das crianças à tecnologia e à informação faz com que, em comparação com aquelas que nasceram na década de 90, as de hoje tenham noções mais exatas de conceitos como pobreza, riqueza e dinheiro e revelem preocupação com o meio ambiente – indícios de que poderão vir a ser consumidores conscientes no futuro. Em contrapartida, a força do marketing as transforma em pequenos hedonistas que acompanham o comportamento dos adultos e buscam um estilo de vida voltado para a satisfação dos prazeres individuais. “O que faz a diferença hoje é que as marcas se comunicam diretamente com as crianças, sem a mediação de um adulto, especialmente em categorias em que a criança conta com alto poder de decisão e legitimidade para pedir”, diz a diretora de Planejamento da TNS InterScience, Ivani Rossi.
O estudo da TNS também constatou que todas as crianças entrevistadas tinham consciência da própria força para a realização de suas vontades e exerciam poder ditatorial para conseguir o que queriam. “As crianças sabem exatamente como persuadir os pais a comprarem o que desejam, até porque a propaganda, muitas vezes, as insufla a usarem técnicas de chantagem emocional. E os pais, além de se sentirem culpados pela ausência junto aos filhos, atendem aos apelos consumistas como forma de compensar a falta de atenção”, avalia Isabella Henriques. A pesquisadora observa que os pais se ausentam cada vez mais, em grande parte também porque o assédio midiático sobre eles faz com que acreditem nos apelos que atrelam seu sucesso pessoal aos hábitos de consumo.
No primeiro trimestre do 2007, o consumo das famílias brasileiras cresceu 6% em relação ao mesmo período do ano passado. Foi o 14º trimestre de crescimento consecutivo e consolidou o consumo familiar como um dos principais motores do crescimento do País. No total, as famílias brasileiras consumiram nada menos que R$ 368,2 bilhões. Todo esse mercado, impulsionado pela publicidade, não tem mecanismos eficazes de controle no que se refere à propaganda destinada a crianças.



Você pai e mãe acreditam nas medidas abaixo para reduzir o consumo infantil?
• Não ter aparelhos de televisão no quarto das crianças;
• Limitar o número de horas frente à TV, computador e jogos eletrônicos; fazer atividades junto com os filhos (desde que não envolvam a mídia).


Fonte: “O que fazer para proteger nossas crianças do consumismo”, livreto elaborado pelo Projeto Criança e Consumo
Fontes: ANDI (Agência de Notícias dos Direitos da Infância) e Instituto Alana.
[Autor: Cláudio Raza; Administrador de Empresas, Economista, Contador, Pós-Graduado em Gestão de Pessoas para Negócio, Palestrante, Mestrando em Educação, Administração e Comunicação, com ênfase em Políticas Públicas, Professor Universitário, parceiro do Núcleo de Desenvolvimento Profissional da Câmara Alemã, mais de 35 anos assessorando empresas.


** MERCADO INFANTIL APOSTA NA CRIATIVIDADE

Uma história infantil contada de um jeito bem diferente e brinquedos de pano que ensinam e divertem. Uma empresa fatura com o mercado infantil. Brinquedo é o que os dois irmãos e empresários Carlos Alberto e Dora Salles mais sabem fazer. Ele é publicitário. Ela, jornalista. Os dois criam brinquedos em tecido. Quase todas as peças são figuras inspiradas em animais: elefante, jacaré, macaco, coelho.
Na fábrica, uma palavra diz tudo: criatividade. Ela está presente, por exemplo, na tartaruga que tem ovos na barriga com filhotinhos dentro, no boliche de gatos ou ainda no estímulo da criança com sons como chocalho, apito, barulho de chuva. Enfim, é uma fábrica de ideias. E eles não param. Todo mês lançam cinco produtos novos. Para estar à frente da concorrência, o segredo é se reinventar o tempo todo.
“É um mercado em que, para se sobressair, temos que ter sempre novidades. E sempre achamos que temos um cliente novo para ser atendido”, conta o empresário Carlos Alberto Salles.
Para montar um negócio como este, o investimento é de R$ 50 mil. Equipamentos necessários: máquina de costura, de corte e de enchimento dos brinquedos, como fibra de poliéster. Para atender aos pedidos exclusivos, os empresários contam com um trunfo: a agilidade de uma pequena empresa.
“Em um prazo de 20 a 30 dias, conseguimos fazer modelagem, corte e entrega do produto, coisa que uma grande empresa não conseguiria com tanta rapidez” conta Dora Salles.
Os brinquedos precisam ser certificados pelo Inmetro. A segurança das crianças é a primeira exigência dos clientes. Uma dica: no mercado infantil, as cores vendem. No início, os empresários imitavam as cores originais dos bichinhos, mas isso não fez muito sucesso com as crianças.
“A gente se enganou um pouco. Achávamos que o pastel era uma cor que seria muito bem aceita e percebemos que os clientes gostam de cores fortes”, conta Dora Salles.
Hoje a empresa produz mais de 6 mil brinquedos por mês. Eles são vendidos em lojas de todo o Brasil. Em uma delas a procura é crescente. Para a dona da loja, Sueli Gondim, há uma forte tendência dos pais em comprar brinquedos educativos.
“Eu acho que os pais hoje em dia procuram um brinquedo mais inteligente para os filhos, para desenvolver a capacidade motora, raciocínio, a parte afetiva. Então, os brinquedos educativos são inteligentes, fazem a criança participar, pensar, se desenvolver de várias maneiras”, explica Sueli Gondim.
O empresário Carlos Silva usa um livro de 1,70 metro de altura para encantar a garotada.
“O livro é feito de vários materiais: madeira, espuma, plástico, pedacinhos, metal, dobradiças, uma casinha. E tem um personagem dentro. Uma das histórias tem um lenhador”, conta Carlos Silva.
O livro gigante é o personagem principal das apresentações. Com ele, o empresário se destaca no concorrido mercado infantil. “Quem tem criatividade vai se sobressair com os seus produtos”, diz.
A apresentação é para crianças de 0 a 10 anos. E começa com a canção “Atirei o pau no gato”. Das páginas do grande livro, saem os personagens, que são bonecos de madeira. A história fala de uma árvore da Floresta Amazônica que abriga os animais.
“As histórias se renovam e são modificadas de acordo com o momento. Para cada história as páginas são trocadas”, comenta o empresário.
Carlos Silva investiu R$ 40 mil no negócio: R$ 20 mil para comprar um veículo, R$ 10 mil para aparelhagem de som e R$ 10 mil para construir o livro gigante. Depois do investimento inicial, os custos do negócio são pequenos. Basicamente, é o trabalho de cantor, ator e contador de histórias Carlos Silva.
“Queremos que as crianças tenham o conhecimento do seu folclore. Então, envolvemos músicas folclóricas, personagens como Saci, bicho-papão, bruxa”, conta o empresário.
A empresa faz 150 apresentações por ano. O espetáculo custa R$ 500 e é feito em residências, feiras, bufês e escolas. “Eu acho que o livro vivo é um trabalho completo, não só de educação. A criança voltar a ser criança”, afirma a diretora de escola Gabriela Gustavfon.
Todo ano a empresa cresce 25%. E a maior propaganda vem da indicação do público, que se diverte.

site: www.razaconsulting.com.br e E-mail: c.raza@terra.com.br ]
Fonte: Globo.com
 

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