Grávida! E agora?



Um pequeno atraso na menstruação e um frio sobe pela espinha. Dor e aumento das mamas confirmam as suspeitas. Resta agora correr para a farmácia e fazer o teste final...

POSITIVO... sim, estou grávida...e agora?

Provavelmente todas as mulheres ao se descobrirem grávidas se fazem esta mesma pergunta...
E provavelmente, esta também será acompanhada por inúmeras outras perguntas, preocupações, dúvidas e curiosidades que as acompanham tão logo chegue a tão maravilhosa noticia.

O que acontecerá com meu corpo? Como é a evolução do bebê ao longo dos nove meses dentro do ventre materno? O que posso ou não fazer para conduzir a minha gravidez da melhor forma possível? Quais os sinais de alerta e os sintomas e sensações mês a mês? E quanto à minha alimentação? Posso ter vida sexual? Como saber se este é o momento certo? Serei uma boa mãe? Meu filho me amará?

Os sentimentos envolvidos fazem de nós um turbilhão de emoções... uma hora sentimos uma felicidade absurda, outra hora uma arrebatadora vontade de chorar e ficar quietinha num canto. A partir de agora, serão nove meses de expectativas, ansiedades, emoções a flor da pele, sem dúvida a fase mais divina da vida de uma mulher e também a mais tumultuada.

Enfim, uma série de informações serão necessárias para a futura mamãe (e papai também) e esta é a finalidade deste manual, colocar de forma clara e de fácil compreensão, aquelas orientações e esclarecimentos que toda gestante busca para estar bem informada sobre a sua gravidez, mas sempre lembrando da importância de um pré-natal acompanhado por um médico especializado.

OS PRIMEIROS SINAIS:
O aumento dos níveis hormonais, nomeadamente da progesterona, dá à mulher o sentimento intuitivo de estar grávida. Os sinais clássicos que a levam a suspeitar são:

Amenorreia: a mulher deixa de menstruar. Apesar da gravidez ser a causa mais comum de amenorreia, não é a única, logo não pode ser assumida como sinal absoluto de gravidez. Existe também a possibilidade de estar grávida e continuar a ser menstruada nos primeiros meses de gravidez, ou menos frequentemente, durante toda a gravidez.

Frequência da micção: sentir o desejo de urinar com maior frequência, embora em pequenas quantidades, é um sinal que pode ocorrer desde a primeira semana de gestação.

Cansaço: os elevados níveis de progesterona provocam fadiga, pelo seu efeito sedativo. É também muito comum ter mais vontade de dormir.

Gostos e desejos estranhos: com o aumento dos níveis hormonais, também o paladar se altera, modificando o sabor de certos alimentos. É comum deixar de comer certos alimentos que apreciava muito antes de engravidar e que agora são completamente intoleráveis, como o chocolate ou o café. Não existe uma explicação científica para os desejos das grávidas, mas pensa-se que são a resposta do corpo à carência de certos minerais.

Enjoos matinais: o enjoo pode aparecer em qualquer altura, mas é muito frequente pela manhã quando se levanta. Experimente comer algumas bolachas, 1 hora a 45 minutos antes de se levantar. Este método permite-lhe aumentar os níveis de açúcar no sangue, que pela manhã estão diminuídos, reduzindo assim os enjoos e a má disposição.

Cheiro: a gravidez, para além de “apurar” o paladar “apura” também o olfacto, o que na presença de cheiros estranhos ou mesmo vulgares, pode provocar náuseas e enjoos.

Alterações no peito: logo no início da gravidez o peito muda de forma. Torna-se mais volumoso e doloroso ao toque, o mamilo escure-se, torna-se mole e sensível.

Para confirmar se estes sinais correspondem mesmo a uma gravidez, terá de recorrer ao seu médico assistente e realizar análises ao sangue, exames à urina e uma ecografia.


DESENVOLVIMENTO DO BEBÊ

1ª a 4ª semana

O óvulo fertilizado subdivide-se em diversas células, ao mesmo tempo que avança pela Trompa de Falópio. Ao chegar à cavidade do útero (por volta do quarto dia após a fertilização) é já uma pequena bola (ainda não visível a olho nu), constituída por cerca de 100 células. Neste período, o ovo vai desenvolvendo-se até atingir perto de 0,3 cm de comprimento.

7ª semana

Com cerca de 1,3 cm, o embrião tem a cabeça inclinada sobre o peito e o rosto está já a ganhar forma. Os braços e as pernas são agora mais visíveis. O coração começa a desempenhar a sua função. O bebê já possui intestinos, rins, fígado e pulmões. Em formação estão os órgãos sexuais, as células ósseas e o sistema nervoso.

8ª semana

O embrião continua a crescer até perto dos 3 cm, sendo agora chamado de feto. O rosto já é mais visível, a língua já está formada e as partes internas das orelhas estão a formar-se. As pernas e os braços estão agora mais compridos e os dedos em fase final da formação. Já se distinguem os ombros, as ancas, os cotovelos e os joelhos. Os órgãos internos estão quase todos desenvolvidos. O bebê mexe-se bastante, apesar de você não o sentir.

Até a 12ª semana

Mede agora entre 5 e 6,5 cm e pesa cerca de 18 g. Tem os órgãos internos formados, estando parte deles em funcionamento. O alimento e o oxigénio são-lhe levados pelo cordão umbilical, que se encontra ligado ao umbigo e à placenta. O bebê mexe os músculos da boca e já consegue engolir. As pálpebras estão formadas, assim como os lóbulos das orelhas. Os dedos já abrem e fecham e começam a aparecer as unhas. O bebê mexe-se cada vez mais, dado que os músculos se desenvolvem com rapidez.

Até a 16ª semana

O bebê mede 16 cm e pesa cerca de 135 g. Está quase formado e a ecografia já pode ser capaz de identificar o seu sexo. Nesta fase, começam a desenvolver-se os ossos, estando já formadas as articulações dos braços e das pernas. O bebê já tem pescoço e crescem-lhe agora as pestanas e as sobrancelhas, bem como uma camada de penugem fina sobre a pele (lanugo). O peito mostra sinais respiratórios e, com um aparelho de ultra-sons, o médico já consegue ouvir o seu ritmo cardíaco. Agora, mexe-se cada vez mais, ainda que não o consiga sentir, e crescerá bastante ao longo deste mês.

Até a 20ª semana

O bebê mede cerca de 25 cm de comprimento e tem 340 g de peso. Começa a ter os primeiros cabelos. Forma-se uma substância protectora da pele do bebé no útero - o vérnix. Ao mesmo tempo, o sangue da mãe fornece substâncias que lhe dão resistência a certas doenças nas primeiras semanas de vida. O bebê reage agora aos ruídos exteriores e movimenta-se com frequência, apesar de reservar alguns períodos ao descanso.

Até a 24ª semana

O bebê mede cerca de 33 cm e pesa 600 g. Começam a formar-se as primeiras glândulas sudoríparas e os músculos encontram-se já em actividade intensa. A pele torna-se mais espessa mas ele está ainda muito magro, pois não existe ainda acumulação de gordura. Já ouve a sua voz e sobressalta-se com ruídos repentinos. Também já faz algumas expressões faciais e, de vez em quando, dá socos, pontapés, cambalhotas e pode ter soluços e tosse.

Até a 29ª semana

O bebê mede 37 cm e pesa já cerca de 1 kg. Começa agora a acumular alguma gordura. Os pulmões encontram-se na fase final de desenvolvimento e, como possui já imensas papilas gustativas, o seu gosto é bastante apurado. A parte do cérebro responsável pelo raciocínio está bastante desenvolvida e por isso já reage à dor como um bebé nascido. A audição é quase perfeita e os olhos já se abrem.
Está completamente formado e a sua cabeça mais proporcional ao corpo. Começará a engordar um pouco mais, já distingue a luz da escuridão e o mais provável é que esteja já de cabeça para baixo.

Até a 33ª semana

Com cerca de 46 cm e 2,5 kg, a cabeça do bebê deverá estar já na cavidade pélvica, a não ser que este não seja o seu primeiro filho, pelo que este processo poderá atrasar-se até ao início das primeiras contracções. Ocupa todo o espaço do útero e dá pontapés e socos. A sua pele está agora mais rosada e o cabelo pode medir até 5 cm de comprimento. Está quase pronto a nascer. Aliás, se nascesse agora, já teria grandes capacidades de sobrevivência.

Até a 40ª semana

O bebê mede cerca de 50 cm e pesa 3,4 kg, alcançou o seu desenvolvimento total. Está preparado para nascer e, mais dia menos dia, já estará no seu colo.

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